Para quem acha que os poetas modernistas não prestam por não darem tanto valor à forma, deixo um aviso: às vezes, eles até dão; o leitor é que não percebe. O leitor que vai voraz atrás de um soneto, uma redondilha, um alexandrino, sai com as mãos abanando; não encontra as formas que já conhece de antemão. É preciso ter paciência com o texto, até que ele revele a profunda pesquisa métrica realizada pelo seu autor. O texto modernista é infenso ao saber prévio do leitor.